Baroreceptor reflexes in human hypertension.
Estudamos o controle da pressão arterial pelos barorreceptores do seio carotídeo em 35 humanos hipertensivos, usando uma câmara de pressão variável no pescoço para alterar a pressão transmural do seio carotídeo de forma graduada. Os resultados foram comparados com aqueles obtidos a partir de 11 normotensivos. Como nos normotensivos, a redução da pressão transmural carotídea causou uma resposta de pressão linearmente relacionada e vice versa. Entretanto, enquanto em normotensivos a resposta pressórica foi maior que a do depressor, em hipertensos foi o inverso. Além disso, a resposta do pressor diminuiu e a resposta do depressor aumentou progressivamente com um aumento da gravidade da hipertensão. Assim, enquanto em normotensivos o barorreflexo carotídeo é mais eficaz na proteção contra a hipotensão, em hipertensos a função anti-hipertensiva do reflexo é favorecida. Diferenças similares entre hipertensos e normotensivos foram encontradas em relação ao controle da frequência cardíaca barorreceptora carotídea. Em oito hipertensos, as alterações reflexas da frequência cardíaca também foram estudadas por injeção de fenilefrina e trinitroglicerina para variar não apenas a atividade barorreceptora carotídea, mas também a atividade dos barorreceptores extracarotídeos. Os resultados foram comparados com resultados de estudos semelhantes em oito normotensivos. Estas comparações sugerem que, enquanto o reflexo barorreceptor da carótida permanece ativo na hipertensão, os reflexos decorrentes das áreas extracarotídeas barorreceptoras estão muito diminuídos.