Pão, vinho e água
Cristianismo está cheio de simbolismo. Itens do cotidiano como pão, vinho e água têm significado e significado extra em certas situações. Na noite anterior à sua crucificação, Jesus Cristo tomou uma refeição festiva judaica e deu-lhe um novo significado. Ele começou uma tradição que ainda continua na Igreja Cristã. Ele disse aos seus seguidores mais próximos para se lembrarem da sua morte, comendo pão e bebendo vinho. Em diferentes tradições cristãs, isto é conhecido como Santa Comunhão, Missa (o termo usado nas igrejas católica e ortodoxa romana), Eucaristia (palavra grega que significa ação de graças), o partir do pão, ou a Ceia do Senhor.
Na noite antes de ser crucificado, Jesus Cristo tomou uma refeição festiva judaica e deu-lhe um novo significado.
Como a igreja cristã primitiva cresceu, os cristãos continuaram a fazer como Jesus tinha pedido, tomando pão e vinho como parte de uma refeição comida em conjunto. Orações foram acrescentadas para torná-la uma ocasião digna. Com o tempo, o número de orações cresceu e a quantidade de comida diminuiu. Mas a tradição tem continuado.
Alguns elementos podem variar quando os cristãos celebram a Santa Comunhão: o pão pode ser um pedaço de hóstia especialmente feita ou um pedaço de pão; o vinho pode ser servido numa taça que todos partilham, bebendo por sua vez, ou em pequenos copos individuais. Às vezes o suco de frutas vermelhas é disponibilizado para aqueles que preferem não beber álcool.
Jesus na Última Ceia
Jesus reuniu os seus seguidores mais próximos na noite anterior à sua morte, porque era a hora da festa anual judaica da Páscoa. Esta era uma longa e tradicional refeição, cheia de cantos, orações e simbolismo, na qual o povo judeu se lembrava como havia sido libertado da escravidão no Egito, cerca de 1500 anos antes do nascimento de Jesus. A refeição é freqüentemente conhecida como a Última Ceia, porque foi a última vez que Jesus comeu com seus seguidores antes de morrer e ressuscitar.
Como a refeição estava chegando ao fim, Jesus acrescentou uma reviravolta própria. Ele tomou um pouco do pão e do vinho, que todos tinham comido e bebido, e os transformou em um memorial pessoal. Jesus queria que seus seguidores se lembrassem do sacrifício que ele estava prestes a fazer ao perder a sua vida. Isto está descrito no livro bíblico escrito por Lucas no capítulo 22:
‘E tomou o pão, deu graças e partiu-o, e deu-lhes (aos seguidores) dizendo: “Isto é o meu corpo, dado por vós; fazei isto em memória de mim”. Do mesmo modo, depois do jantar, tomou o cálice, dizendo: “Este cálice é o novo pacto no meu sangue, que é derramado por vós…”.
Diferentes tradições cristãs pensam diferentemente sobre o pão e o vinho em si: para alguns, eles são símbolos do sacrifício de Jesus; para outros, o pão e o vinho permanecem inalterados, mas Jesus está de alguma forma espiritualmente presente durante o ato de Comunhão; para outros, o pão e o vinho tornam-se de fato o corpo e o sangue de Jesus durante o serviço.
Pão e vinho nos ensinamentos de Jesus
Jesus passou cerca de três anos viajando e ensinando antes de ser crucificado. Ele freqüentemente usava itens e situações cotidianas para contar às pessoas mais sobre si mesmo e sobre Deus. Por exemplo, em uma ocasião registrada no livro bíblico, o Evangelho de João, ele falou de si mesmo como “o pão da vida”. Ele dizia que podia satisfazer a fome espiritual das pessoas da mesma forma que o pão satisfaz a fome física. Em outro lugar ele diz como o vinho novo não deve ser colocado em odres velhos – em outras palavras, quando algo novo acontece, não pode ser restringido por velhos modos de pensar e agir.
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A simbologia da água no baptismo
A água é usada para acolher um novo crente na igreja cristã através de uma cerimónia chamada baptismo. Isto pode envolver a imersão completa da pessoa ou água sendo aspergida sobre ela. O simbolismo é o mesmo – a limpeza dos erros do passado e um novo começo. É um sinal da morte da velha vida e o começo de uma nova vida com Deus.
No Novo Testamento da Bíblia – a parte após o nascimento de Jesus – há muitos relatos de novos crentes sendo batizados. Algumas vezes eles eram adultos individuais, outras vezes eram famílias inteiras. Alguns foram imersos em rios, outros foram batizados dentro de casa com água de jarros.
As práticas variam nas igrejas de hoje. Muitos batizam crianças cujos pais querem que elas cresçam como cristãos. Os pais fazem promessas de alimentar a criança na fé cristã até que ela tenha idade suficiente para fazer seu próprio compromisso de seguir Jesus. Eles podem ser unidos a essas promessas por amigos nomeados conhecidos como padrinhos. Nas igrejas anglicanas, a água é derramada sobre a cabeça da criança em um culto chamado batismo. Na Igreja Ortodoxa, a criança é imersa na água.
Em outras igrejas, como as igrejas Batista ou Pentecostal, os bebês são recebidos com um culto de ação de graças e dedicação. O baptismo é reservado aos crentes com idade suficiente para tomarem a sua própria decisão de serem seguidores de Jesus. Normalmente isto envolve a imersão numa pequena piscina no edifício da igreja – mas pode ser no mar, num lago ou num rio.
“Quem beber a água que eu lhe der nunca terá sede”
Jesus ensinando sobre a água
Durante o seu tempo de viagem e ensino, Jesus também falou simbolicamente sobre a água. Uma ocasião, registrada no livro bíblico de João, capítulo 4, ele encontrou uma mulher que tinha ido a um poço em busca de água. Enquanto eles falavam, ele disse-lhe: ‘Todo aquele que beber esta água terá sede outra vez, mas aquele que beber a água que eu lhe der nunca terá sede…’ Jesus estava a dizer que ao segui-lo, a sede de uma pessoa por um refresco espiritual é satisfeita – para sempre.