Allium sativum: factos e mitos sobre a saúde humana
Alho (Allium sativum L. fam. Alliaceae) é um dos produtos herbais mais pesquisados e mais vendidos no mercado. Durante séculos foi usado como um remédio tradicional para a maioria das doenças relacionadas com a saúde. Além disso, é amplamente utilizado como ingrediente alimentar – especiarias e afrodisíacos. As propriedades do alho resultam de uma combinação de várias substâncias biologicamente activas que, em conjunto, são responsáveis pelo seu efeito curativo. Os compostos contidos no alho influenciam-se sinergeticamente uns aos outros para que possam ter efeitos diferentes. Os ingredientes ativos do alho incluem enzimas (por exemplo, aliinase), compostos que contêm enxofre, como a aliina e compostos produzidos enzimaticamente a partir da aliina (por exemplo, alicina). Existe uma grande variação entre os produtos de alho vendidos para fins medicinais. A concentração de alicina (principal princípio ativo) e a fonte do odor característico do alho dependem do método de processamento. A alicina é instável, e transforma-se num produto químico diferente muito rapidamente. Está documentado que produtos obtidos mesmo sem alicina, como o extrato de alho envelhecido (AGE), têm um efeito biológico claro e significativo na melhoria do sistema imunológico, tratamento de doenças cardiovasculares, câncer, fígado e outras áreas. Alguns produtos têm um revestimento (revestimento entérico) para os proteger contra o ataque dos ácidos estomacais. Clinicamente, o alho tem sido avaliado para diversos fins, incluindo o tratamento da hipertensão, hipercolesterolemia, diabetes, artrite reumatóide, resfriado ou a prevenção da aterosclerose e o desenvolvimento de tumores. Muitas publicações disponíveis indicam possíveis propriedades antibacterianas, anti-hipertensivas e antitrombóticas do alho. Devido à complexidade química do alho e ao uso de diferentes métodos de processamento, obtemos formulações com diferentes graus de eficácia e segurança.