Fibroelastoma papilar cardíaco da valva mitral | Coração

Fibroelastoma papilar da valva mitral não ocorre freqüentemente, com menos de 50 casos sendo relatados na literatura. Portanto, cada caso é interessante de ser relatado para melhorar o diagnóstico e o manejo deste tumor incomum. Relatamos uma imagem de um fibroelastoma de cordas da valva mitral, sem insuficiência mitral, descoberto acidentalmente.

Fibroelastomaapilar foi primeiramente descrito como excrescências gigantescas de Lambl. Em casos típicos, o fibroelastoma papilar assemelha-se a uma anêmona marinha com múltiplas frondes papilares ligadas ao endocárdio por um pedículo curto. Os tumores primários do coração e do pericárdio são extremamente raros, com incidência entre 0,0017-0,28% nas séries de necropsia relatadas ou coletadas. Mais de 70% desses tumores são benignos e apenas 8% são fibroelastomas papilares, a maioria localizada nas válvulas cardíacas. O fibroelastoma cardíaco primário (CPFE) é, de longe, o tumor mais comum proveniente das válvulas cardíacas (cerca de 70-80%). Os CPFE são tumores pequenos, avasculares e benignos. A localização mais frequente é o endocárdio valvar da valva aórtica (30%) e a valva mitral (20-25%) Apenas 10% são não-valvares. Devido ao seu potencial de embolização cerebral e coronariana, mesmo pequenos fibroelastomas papilares devem ser excisados, mesmo em pacientes assintomáticos.

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