Where Do Baby Sea Turtles Go?

Após a eclosão das tartarugas marinhas bebé, elas esperam até escurecer e depois saem dos seus ninhos de areia para o mar aberto. Uma década mais ou menos depois elas voltam a passar a adolescência perto daquelas mesmas praias. O que as tartarugas fazem e para onde vão nesses anos de juventude tem sido um mistério há décadas. Os biólogos marinhos chamam o período de “anos perdidos”

O seguimento das pequenas tartarugas provou ser difícil. Os investigadores tentaram colocar etiquetas de rádio volumosas, mas os dispositivos impediram a capacidade de movimento das tartarugas. O tamanho das etiquetas encolheu com o tempo, mas as baterias permaneceram teimosamente grandes. Então Kate Mansfield, uma bióloga marinha da Universidade da Florida Central, teve a ideia de se tornar solar.

Ela viu que outros pesquisadores da vida selvagem estavam rastreando aves com pequenos painéis solares. Então sua equipe decidiu usar etiquetas semelhantes com um painel do tamanho de uma caixa de fósforos, diminuindo o peso para um par de moedas. Os pesquisadores também descobriram como prender as etiquetas com segurança sem empenar as conchas das tartarugas, uma idéia que veio da manicure de um membro da equipe. Ela sugeriu o verniz acrílico como base para segurar a cola de silicone, que pode crescer com as tartarugas.

O grupo do Mansfield etiquetou 17 tartarugas que tinham entre três e nove meses de idade. Os cientistas então mergulharam-nas – as maiores, com sete polegadas de comprimento, na costa da Flórida e na Corrente do Golfo, que faz parte do Giro do Atlântico Norte, um sistema de correntes que flui no sentido horário pela Costa Leste dos Estados Unidos. Bryan Wallace, biólogo marinho da Stratus Consulting e da Duke University, que não estava envolvido no trabalho, disse que o estudo provavelmente será lembrado como um trabalho seminal em biologia das tartarugas marinhas. Foi publicado em Abril em Proceedings of the Royal Society B.

“Com base em hipóteses antigas, seria de esperar que as tartarugas permanecessem nas correntes dos giros exteriores e se dirigissem para os Açores”, diz Mansfield, um arquipélago ao largo de Portugal. No entanto, como a equipa acompanhou os indivíduos ao longo de alguns meses, descobriu que as tartarugas não se cingiram a este itinerário. Muitas delas nadaram para o centro do giro, onde se acumulam algas marinhas. As tartarugas forrageiam as algas marinhas e as utilizam como abrigo.

As tartarugas também viajaram mais rápido do que o previsto, chegando às águas da Carolina do Norte em três semanas. A essa velocidade, podiam facilmente chegar aos Açores em menos de um ano. Embora esta linha temporal concorde com estimativas baseadas na deriva passiva, as tartarugas fazem muitas viagens laterais, o que significa que a sua velocidade real de locomoção é impressionante.

Outra surpresa: os sensores de temperatura dos tapetes lêem consistentemente vários graus mais alto do que a temperatura local da água das tartarugas, o que sugere que os tapetes de algas marinhas mantêm estes répteis de sangue frio quentes, uma condição importante para o crescimento.